SOLDA, REMÉDIOS E PERSEGUIÇÃO: até a paranoia vira arma contra Bolsonaro

 


Depoimento expõe fragilidade da narrativa de fuga

Em depoimento prestado na audiência de custódia realizada neste sábado, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ter agido em um "surto", sob “certa paranoia” e efeitos colaterais de medicamentos — entre eles pregabalina e sertralina — ao utilizar um ferro de solda para mexer na tornozeleira eletrônica durante a madrugada, alegando que sofria de insônia, sono “picado” e alucinações auditivas que o teriam levado a acreditar que havia “alguma escuta” no dispositivo. Segundo o relato registrado pela juíza auxiliar, Bolsonaro admitiu ter começado a manipular o equipamento por volta da meia-noite, mas disse ter interrompido o ato ao “cair na razão”, momento em que comunicou a situação aos agentes federais responsáveis por sua custódia. Ele afirmou ainda que as demais pessoas na residência dormiam e não perceberam o ocorrido, negou ter vivido surtos semelhantes anteriormente e disse que retomou um dos remédios receitados dias antes dos fatos, reforçando que não teve intenção de violar o lacre ou promover tentativa de fuga, e que a manifestação religiosa fica a cerca de 700 metros da sua residência,  por fora do condomínio.

Fonte: Blog do César Wagner

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