A decisão que concede progressão de pena a Sérgio Brasil Rolim, condenado a 150 anos de prisão por estuprar e assassinar mulheres na região do Cariri entre 2001 e 2002, é mais que um choque — é um tapa na cara da sociedade e das famílias que sofrem com a dor dessas tragédias.
Naquela época, o caso foi conduzido com rigor pelos delegados Marcos Antônio e Tenório Britto, sob a supervisão do então superintendente da Polícia Civil do Ceará, César Wagner. Foram meses de investigação, perícias, coleta de depoimentos e apreensão de provas que revelaram a brutalidade da organização criminosa responsável por seis estupros e sete assassinatos – entre eles o brutal crime contra Edilene Maria Pinto Esteves, estrangulada em março de 2002.
As penas aplicadas totalizaram 150 anos de prisão, uma condenação exemplar e um marco no combate à impunidade em crimes de violência sexual no Ceará.
Contudo, mesmo diante de tamanha gravidade, o Tribunal de Justiça do Ceará aceitou, com base em um laudo criminológico e no parecer favorável do Ministério Público, conceder ao réu o direito de progredir para o regime semiaberto, após cumprir 23 anos de reclusão.
Fonte: Blog César Wagner
