Empresário que espancou ladrão de seu estabelecimento é preso no interior

 


Nesta quarta-feira (22/02), a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), por meio da Delegacia Regional de Camocim, prendeu quatro suspeitos de um crime de tortura ocorrido, no último dia 08 de Fevereiro, no município. Entre os presos, está um empresário que seria o mandante e articulador do crime.

Conforme as apurações, os suspeitos cometeram o crime, após identificarem a vítima como o autor de um furto ocorrido no estabelecimento comercial do empresário. Após constatarem isso, o homem, identificado como Francisco Evanmar Silva dos Santos, de 34 anos, se reuniu com dois funcionários e outros dois homens e foram até a residência de familiares do suspeito do roubo.

Os homens localizaram o criminoso e o levaram para outro local, alegando que o rapaz mostraria o lugar onde deixou o notebook. A vítima foi espancada. Enquanto as agressões ocorriam, Evanmar filmou toda a ação e divulgou nas redes sociais.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que os homens usaram pedaços de pau com pregos. Após as agressões, eles retornaram às proximidades da residência dos parentes da vítima, onde a deixaram muito machucada. O pai do homem o socorreu para o hospital da cidade.

Logo após tomar conhecimento do crime, os policiais civis identificaram os suspeitos e representaram pelas prisões temporárias. Além de Evanmar, foram presos: Francisco Agnaldo de Sousa Aguiar, de 32 anos, Francisco das Chagas Souza Carvalho da Silva, o “Chico”, de 40 anos, e José Edesio dos Santos, o “Dedé”, de 40 anos. Conforme as investigações, Agnaldo e Francisco das Chagas são funcionários do empresário. Já “Dedé” é o proprietário do local para onde a vítima foi levada e onde sofreu as agressões.

O delegado responsável pelas investigações, Adriano Zeferino, comentou sobre o caso e frisou a importância de não buscar justiça cometendo outro crime. “É preciso destacar que a lei é para todos. A tortura é considerada um crime hediondo, inafiançável e insuscetível de graça ou anistia, com pena prevista de dois a oito anos de prisão. O que acaba sendo um crime muito mais grave que o próprio furto”, explicou o delegado.

Acompanhe mais notícias da Rede ANC através do FacebookInstagram Youtube.

TAG