Após denúncia da população de Morrinhos (a 385km de Fortaleza), o Conselho Regional de Medicina Veterinária realizou uma fiscalização que culminou com o flagrante de abate clandestino de animais na cidade. Os vídeos e fotos mostram animais em condições e em ambientes totalmente desapropriados para um abate seguro.
A equipe de fiscalização fez uma autuação. De acordo com uma das pessoas que gravou um vídeo do local, que pediu para não ser identificada, uma ação deve ser movida contra os responsáveis e contra o Prefeito do município, Carlos Bruno (PSDB), por, supostamente, ter “fechado os olhos” para essa prática. ” Os animais são abatidos na parte da tarde, ali mesmo, no chão. Depois são colocados numa carroça. É uma imoralidade, um prefeito submeter a população um absurdo desse”, disparou o denunciante.
O abate de animais em locais impróprios pode acarretar diversos problemas como pôr em risco a saúde da população, já que são oferecidas mercadorias inapropriadas para o consumo, podendo provocar sérias doenças. Além disso, há a problemática da situação ambiental, com o depósito irregular da mercadoria ou com dispensa de dejetos, de forma inapropriada, no solo ou em mananciais.
Se observarmos para um possível circulação comercial dessa carne no município, o consumidor é atingido diretamente, visto que o abate ilegal fere os direitos básicos da relação de consumo.
Geral
O caso de Morrinhos não é isolado: dos 184 municípios do Estado, apenas 43 contam, hoje, com instalações que atendem às exigências sanitárias. De acordo com as normas sanitárias, o abate do animal e o manuseio da carne devem ser feitos sem nenhum contato com o solo. No processo, o animal deve ser colocado em um box de atordoamento, onde será sacrificado utilizando uma pistola pneumática. Em seguida, o corpo do animal é guinchado pela perna, através de trilhos aéreos, por meio dos quais é levado ao tanque de sangria. Todo o manuseio deve ser realizado a um metro do chão. Fonte: A Notícia do Ceará
